sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Abutres na nova versão de We Are The World

Bom, vamos começar do início! :)
Primeiro vou expor minha opinião musical apenas, baseada na composição da música:

A versão original de "We Are The World", escrita por Michael Jackson e por Lionel Ritchie, continham nomes expressivos da música americana e mundial como:

Ray Charles
Bob Dylan
James Ingram
Michael Jackson
Willie Nelson
Lionel Richie
Kenny Rogers
Diana Ross
Paul Simon
Bruce Springsteen
Tina Turner
Dionne Warwick
Stevie Wonder
Al Jarreau
Billy Joel
Cyndi Lauper
Kim Carnes
Daryl Hall
Huey Lewis
Kenny Loggins
Steve Perry

E altamente uplifting, com uma harmonia perfeita dos cantores, fez tremendo sucesso! Compramos o LP na época. E eu sei de cor e salteado a letra inteira, inclusive imitando as vozes de cada cantor!

Agora... vamos a causa da gravação: "Arrecadar fundos para o combate a fome na Etiópia".

Se eu acredito nisso? NÃO!

Primeiro porque, quando alguma campanha diz que "PARTE" da arrecadação vai em benefício de alguma causa, é porque não vai quase nada! Sendo que SE algum dinheiro foi entregue, foi entregue aos governos dos países, muitos dos quais militares...

Houve na época muitas críticas em relação a isso. Em 1986 a banda Chumbawamba (lembra do único hit de sucesso: Tubthumping?) lançou o álbum "Pictures of Starving Children Sell Records" (Fotos de Crianças Famintas Vendem Discos), em tom de protesto.

Então, tenho uma premissa nestes casos: "NUNCA ACREDITE NESTAS CAMPANHAS"

Se você quer ajudar em algo, ajude com seu TEMPO, e não com seu dinheiro.
Em outra palavras: PONHA A MÃO NA MASSA, ao invés de colocar a mão na carteira!

Porém, voltando a minha opinião sobre a música apenas, foi um ícone do pop dos anos 80, uma música belíssima, extremamente bem interpretada pelos melhores músicos da época!


Agora.... vamos ao pior! MUITO PIOR!

Um grande terremoto de magnitude 7,3 na escala Richter atingiu o Haiti, o país mais pobre da América, por volta das 19h50 (horário de Brasília) de terça-feira, dia 12/01/2010. Mais de 200 mil mortos e o dobro de feridos.

Agora, imaginem abutres com rostos de produtores, que imaginam exatamente como o grupo Chumbawamba disse em 1986, só que um pouco pior: "Pictures of DEAD Children Sell Records" (Fotos de Crianças MORTAS Vendem Discos). E junte a toda esta merda, músicos de quinta, rappers que só sabem falar: "Yo", gente que não sabe cantar: Miley Cyrus, uma harmonia horrível.

Resultado: Conseguiram estragar uma das melhores e mais famosas músicas pop dos anos 80!

Acham que estou sendo muito duro? Tirem suas próprias conclusões então.
Abaixo seguem os 2 vídeos com as versões Original e de 2010:


Versão Original : 1985


Nova Versão: 2010

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Origem da Família Valente



Em Portugal, D. Manoel 1º, o Venturoso, (1469-1521), 14º Rei de Portugal (1495-1521), foi quem ordenou que se organizasse em Portugal um núcleo heráldico para os escudos de armas das famílias nobres, (quase que simultaneamente ao Colégio Inglês de Armas fundado em 1484) que organizou/corrigiu e mandou registrar os Brasões.

Foram qualificadas com destaque 72 famílias como as mais ilustres e importantes do Reino, tendo como diferencial HONRA, HISTÓRIA E BENS e os seus Brasões foram pintados no teto da mais importante sala heráldica européia: a Sala dos Brasões do Palácio Nacional de Sintra.

São estes os 72 brasões pintados no teto da Sala dos Brasões do Palácio Nacional de Sintra (Paço Real de Sintra):
Aboim, Abreu, Aguiar, Albergaria, Albuquerque, Almada, Almeida, Andrade, Arca, Ataíde, Castro, Castro (da Penha Verde), Cerveira, Coelho, Corte Real, Costa, Coutinho, Cunha, Eça, Faria, Febos Monis, Ferreira, Gama, Góios, Góis, Gouveia, Henriques, Lemos, Lima, Meneses, Miranda, Mota, Moura, Nogueira, Noronha, Pacheco, Pereira, Pessanha, Pestana, Pimentel, Pinto, Queiróz, Ribeiro, Sá, Sampaio, Sequeira, Serpa, Silva, Sotomaior, Azevedo, Barreto, Bethancourt, Borges, Brito, Cabral, Carvalho, Castelo-Branco, Lobato, Lobo, Malafaia, Manuel, Mascarenhas, Meira, Melo, Mendonça, Sousa, Tavares, Távora, Teixeira, Valente, Vasconcelos, Vieira.

Portanto Valente é da nobreza Portuguesa de linhagem antiga, uma vez que procede do nobre Cavaleiro Francês:

Dom Gonçalo Ouveques (1067 - 1113) - Bispo de Vendome
Cavaleiro Templário da Ordem de Cristo, que com espírito das cruzadas conquistou dos Mouros Mulçumanos uma fortificação de arquitetura romano/gótica, que foi destruída nesta batalha.

Reconstruiu esta fortaleza na qual fundou o Mosteiro de Cête (séc. XI).
É neste mosteiro, na capela funerária, que se localiza sua arca tumular.

O Mosteiro situa-se em Vila Douro, no Concelho de Paredes – Distrito do Porto – Portugal.



Dom Gonçalo Ouveques foi Senhor da Quinta de Almourol e da Quinta dos Valentes na região de Lisboa. Procurador da Câmara de Lisboa, Juiz dos Feitos da Fazenda, Conselheiro da Casa Real, teve seu Brasão de armas concedido por decreto real, tendo acrescido o sobrenome Valente ao seu, dando início desta forma à linhagem dos Valentes.

Pai de Diogo Gonçalves de Urrô (1095 - 1139), que lutou e morreu na Batalha do Campo de Ourique (25 de Julho de 1139) ao lado das forças portuguesas de D. Afonso Henriques (1112 - 1185) “O Conquistador” – 1º Rei de Portugal e travada na guerra da Reconquista Cristã, contra uma coligação de Reis Mouros Muçulmanos.

A Batalha de Ourique ocorreu a 25 de Julho de 1137, num local que as fontes denominam de Ourique (Aulic, Oric, Ouric), que na altura estaria no território controlado pelos muçulmanos (tunc cor terrae sarracenorum).

No terreno defrontaram-se as forças “portuguesas” lideradas por D. Afonso Henriques, que havia partido de Coimbra, contra cinco “reis” mouros: Sevilha, Badajoz, Évora, Beja e um quinto de nome Ismar.

Foram as vitórias militares que asseguraram a D. Afonso Henriques, um território suficientemente vasto para se afirmar como um Reino, e foram estas também que permitiram que o Reino de Portugal fosse reconhecido internacionalmente como tal.

Destas vitórias, Ourique é sem dúvida a mais importante, pois foi a partir desta que Afonso Henriques passou a utilizar o título de Rei (Rex).

Portanto os Valentes tiveram o sangue derramado no combate que deu origem à formação do primeiro reinado de Portugal, fazendo parte das raízes da própria fundação da Nacionalidade Portuguesa.

O ilustre João Rodrigues de Sá escreveu duas quintilhas dedicadas aos Valentes, dizendo:
No bravo lyão rompente
per tres luguares fayxado
se mostra bem amostrado
sangue Oequez, & valente
co nome muy conçertado.

Ambos sayrão da vyde
do bom que morreo na lyde
DOuryque diante el rey
de louvor segundo ley
nom menos dygno que o Cyde.
Também Manoel de Sousa da Silva, o distinto genealogista do século XVII, lhes referiu nestes versos:
Diogo Gonçalves forte
deixou a sua semente
E com nome de Valente
por sua honrada morte
Na de Ourique a gente.

BIBLIOGRAFIA:
– ARMORIAL LUSITANO – GENEALOGIA E HERÁLDICA – Lisboa – Portugal (1961) – Editorial Enciclopédia, Ltda. António Machado de Faria da Academia Portuguesa da História.
– A complementação histórica foi realizada pelo Dr. Alex Júlio Valente (http://origemdafamiliavalente.spaces.live.com)